GUIU EM PEDAÇOS

GUIU EM PEDAÇOS
Algumas boas palavras permanecem....sempre em nossos corações!

28 de jun. de 2010

Dante's Prayer



"Quando a floresta escura caiu diante de mim
E todos os caminhos estavam encobertos
Quando padres do orgulho dizem não haver outro caminho
Eu cultivo a tristeza de pedra
Eu não acreditei porque não podia ver
Embora você tenha vindo a mim durante a noite
Quando a aurora parecia para sempre perdida
Você mostrou-me o seu amor na luz das estrelas
Lance seus olhos no oceano
Lance sua alma para o mar
Quando a escura noite parece sem fim
Por favor, lembre-se de mim

Então a montanha elevou-se diante de mim
Pelo vão profundo de desejo
Da fonte de perdão
Além do gelo e do fogo
Lance seus olhos no oceano
Lance sua alma para o mar
Quando a escura noite parece sem fim
Por favor, lembre-se de mim
Embora nós partilhemos este humilde caminho, sozinhos
Quão frágil é o coração
Oh! Dê a estes pés de barro asas para voar
Para tocar a face das estrelas
respire vida dentro deste fraco coração
Levante este véu mortal de medo
Pegue estas esperanças despedaçadas, gravadas com lágrimas
Nos ergueremos por sobre esses cuidados terrenos
Lance seus olhos no oceano
Lance sua alma para o mar
Quando a escura noite parece sem fim
Por favor, lembre-se de mim
Por favor, lembre-se de mim"

Loreena Isabel Irene McKennitt

26 de jun. de 2010

Muça, Muça

Era uma vez uma floresta, onde viviam muitos animais. Um dia apareceu uma frutinha nova, que ninguém conhecia, na árvore mais alta daquele lugar.
Todos queriam comer, mas não sabiam seu nome, e se ela era boa ou venenosa. Eles sabiam que naquela floresta havia frutas boas, que podiam comer, mas havia outras coisas venenosas, lindas para enganar os bobos:
Então, os animais se reuniram e decidiram escolher um deles para ir lá no céu e perguntar a Papai-do-Céu o nome da fruta: se fosse maçã, banana, abacate, laranja, ou outra frutinha boa, todos poderiam comer bastante, pois a árvore estava cheia! Todos ficaram muito animados...
Todos?
Menos a bruxa, que escutava com muita raiva aquela combinação toda. Aquela frutinha era só dela, e não ia dividir com ninguém! Já tinha até um plano...
Primeiro foi a vez do pássaro verde, que abriu rápido as asas, voou lá no alto, e logo chegou à casa de Papai-do-Céu. Perguntou o nome da frutinha que se chamava muçá, e voltou todo contente cantando a música da frutinha que era boa:
- Muçá, muçá, muçá, muçá gambira, muçá uê.
Mas, a bruxa ciumenta da frutinha inventou uma música com o nome de uma fruta venenosa, para enganar o pássaro verde:

- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!
E o pássaro verde voltou cantando atrapalhado:
- Mungá, mungá... ih! esqueci!

Aí foi a vez do ,
que disparou pelas montanhas e logo chegou lá no céu. Mas, este a bruxa também enganou.
Então foi o
que disparou pela cachoeira e logo chegou, mas a bruxa enganou até o jacaré.
Depois foi o
 , mas a bruxa esperta também atrapalhou sua cantoria com aquele:
- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!
O sapo também tentou, e com seu salto muito alto chegou rapidinho lá no céu. Voltou cantando a música da frutinha que era boa:
- Muçá, muçá, muçá, muçá gambira, muçá uê.
Mas a bruxa também atrapalhou as idéias do sapo, com sua música encantada de fruta venenosa. E o sapo cantou:
- Mungá, mungá... ih! esqueci!
Quase todos já tinham ido, quando olharam desanimados para o único animal que ainda não tinha tentado:
- Ah! A tartaruga é muito mole! Quando voltar, todas as frutinhas já terão apodrecido!
- Ando devagar, mas sou muito esperta. Onde todos vocês falharam, eu vou vencer, e vou trazer o nome verdadeiro da frutinha para sabermos se podemos comer.
E lá se foi a tartaruga, bem devagarinho, bem devagarinho, até que um dia chegou ao céu, como todos os outros. Aprendeu a música da frutinha boa e voltou cantando a seu jeito, também muito devagarinho:
- Mu...çá..., mu...çá..., mu...çá..., mu...çá... gam...bi...ra..., mu...çá... uê...
A bruxa cantava bem rapidinho:
- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!
Mas a tartaruga continuava:
- Mu...çá..., mu...çá..., mu...çá..., mu...çá... gam...bi...ra..., mu...çá... uê...
A bruxa foi ficando com tanto sono... e pensou: vou dormir só um pouquinho aqui na minha vassoura, e logo vou atrapalhar essa tartaruga molenga. E começou a roncar.
Enquanto isso, os outros animais esperavam muito desanimados lá embaixo.
A tartaruga continuou, bem devagarinho, bem devagarinho, e foi chegando... chegando... e chegou!

E contou prá toda a bicharada a música da frutinha boa, que todos aprenderam rapidinho!
Combinaram comer todas as frutinhas e não deixar nenhuma prá bruxa malvada, que roncava alto.
Quando a bruxa acordou e viu a árvore toda peladinha, ficou uma fera! Olhou feio para a bicharada lá em baixo e...
Todo mundo apontava para ela e caía na gargalhada!
Quem já não estava mais comendo, cantava:
- A tartaruga enganou a bruxa!
- A tartaruga enganou a bruxa!
A bruxa ficou tão envergonhada, que voou na sua vassoura para longe daquela floresta, e nunca mais voltou!

... E todos ficaram felizes naquele lugar.


Com eles aprendemos que somos todos diferentes uns dos outros e que, mesmo aquela diferença cretina que a gente detesta carregar pode ser a razão da vitória de todos nós, no momento certo.
Beijos.

Tributo ao tempo

Dizem que a vida é curta, mas não é verdade.
A vida é longa para  quem consegue viver pequenas felicidades.
 E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente, as vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos:
a viagem que não fizemos,
o presente que não demos,
a festa à qual naõ fomos,
o amor que não vivemos,
o perfume que não sentimos.
 A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador,
quando se é piloto e não passageiro,
pássaro e não  paisagem,
cavaleiro e não montaria.
E como ela é feita de instantes, não pode e nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.

Day 25 -Meu dia, em detalhes

O dia de hoje está sendo atípico, sem trabalho, sem empregada!! Cara de feriado!!
Acordei às 7:40 com telefonema da minha mãe, conversanmos e desliguei...em seguida, meu filho: João Vítor acordou e veio para meu quarto...aí, deitou-se na minha cama e dormiu novamente!!
Levantei a seguir deixando meu pequeno dormindo...
Tomei café da manhã, preparado pelo meu esposo antes de sair para trabalhar, e começei a arrumar a cozinha de ontem à noite!Fervi o leite que o caseiro deixou na janela, afinal, moro na fazenda e nosso leite vem direto da vaquinha!!Fomos colocar umas batatas doces para assar na fogueira de São João de ontem....
Mais ou menos 9 hs, Maria Luiza e João Vítor acordaram, fomos à cozinha e preparei o leite com toddy e o bolo de chocolate dos dois!!
Eu e Maria Luiza decidimos fazer Yakissoba para o almoço...ela queria ser ajudante!!
Vim para o computador um pouquinho e a seguir começei a preparar o almoço, afinal, hoje tem JOGO DO BRASIL NA COPA às 11 horas e não sou doida , apesar de psicóloga, de ficar sem assistir a seleção Canarinho!! Quem pensar que a linda da Maria Luiza ajudou em alguma coisa se enganou, a danadinha começou a jogar no computador com o João que só pararam quando chamei para almoçarem!!
Meu gato chegou do trabalho às 10:30 hs,(o Brasil sempre folga quando a seleção joga, heim!!?) trazendo jornal e uma rosca rainha que eu adoro!!
Preparei um arroz com vagem bem soltinho e a Yakissoba de frango!!O almoço ficou pronto 11:10 horas!!Almoçei com os filhos, porque o marido estava assistindo o jogo. Ao terminar, minha filhota lembrou-se  das batatas e foi até a fogueira retirá-las...eu imaginei que haviam se queimado por completo, mas por sorte e boa memória da Lú, duas batatas estavam derretendo de deliciosas e uma bem queimadinha....um belo de um carvão!! Tratamos de comê-las com um pouco de mel...huuummmm...!!
Fui logo assistir ao jogo...que acbou no Brasil 0 x 0 Portugal!!!
Voltei à cozinha para meu amor almoçar...ele elogiou bastante a Yakossoba!!
Fomos assistir ao telejornal e depois a novela da tarde: Sinha Moça!! Quanta folga...mas a tarde está mui convidativa a ficar deitada debaixo do edredom quentinho, porque tá um frio...e um vento!E assim eu fiz...
As crianças deveriam ir para a escola às 14 horas, mas demos folga a eles e a nós mesmos também,rsrsss!!
Preparei um cafezinho e vim para o computador...dei uma organizada nos arquivos e li e-mails.
Tomei um bom banho, e tratei de colocar os dois filhotes para fazerem o mesmo!!
Enquanto isso fiquei tricotando o cachecol para Joãozinho!
Jantamos um pouquito....
Beeem mais tarde fomos à cidade, na casa de Ildeu e depois na casa da minha minha mãe!!
Chegamos em casa e assistimos tv, preparei leite para as crianças e fomos dormir!!




24 de jun. de 2010

Day 24: Palestra de Paulo Delgado na IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL - INTERSETORIAL

BELO HORIZONTE - MG, 15 de maio de 2010
Palestra proferida pelo PAULO DELGADO.

Bom dia a todos, Senhoras e Senhores.
A Franco Rotelli, de Trieste, representante da maior escola de psiquiatria democrática mundial, precursores sob a liderança de Franco Basaglia e sua Lei 180, da reforma brasileira que aqui nos reúne;
Bom dia Fernanda Nicáccio que nos remete à pioneira experiência de Santos da desconstrução do Anchieta; Saudação a Rose Silva do Fórum Mineiro de Saúde Mental;
Agradeço a Martha Elizabeth à gentileza do convite para essa palestra e peço que transmita ao Secretário de Saúde de Minas Gerais,  Antonio Jorge Marques a elevada honra de estar aqui.

Permitam-me iniciar lembrando dúvida clássica sobre o sentido da vida: o mundo é digno de riso ou de lágrima? Padre Antonio Vieira interpretando lenda grega que envolvia dois filósofos, decidia: ¨Demócrito ria, porque todas as coisas humanas lhe pareciam ignorâncias; Heráclito chorava, porque todas lhe pareciam misérias; logo, maior razão tinha Heráclito de chorar, que Demócrito de rir; porque neste mundo há muitas misérias que não são ignorâncias, e não há ignorância que não seja miséria”. Uma lei fundadora. Não! Fundadora da lei é  o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial e seus fundamentos: humanismo, ciência, técnica, comunidade, afeto, história.
Era preciso continuar o trabalho de todos aqueles, profissionais e leigos, que alertas e sensíveis, buscavam reorientar a medicina moderna na direção que aponta para a unidade corpo-espírito e querer, assim, encontrar a origem, a fabricação das doenças orgânicas, físicas e mentais. Não sou médico, psiquiatra, psicólogo, terapeuta, psicanalista, enfermeiro, assistente social, auxiliar de enfermagem ou gestor.  Sou candidato a paciente e enlouquecido quero ser tratado num serviço aberto, o melhor do Caps.
Da Lei 10.216 de 2001 posso dizer o seguinte nessa hora, a partir do que ouço, leio, vejo, escrevo, acompanho e defendo todos esses anos em solidariedade  aos que sofrem, trabalham e lutam pela abolição da solidão e do isolamento do doente mental brasileiro. Cuidado. Como substantivo, adjetivo ou interjeição é zelo dos preocupados, esmero, precaução, advertência para o perigo, vigilância, dedicação, encargo, lida, proteção. Atenção, tomar conta, acolher. Cuidado é o princípio que norteia essa lei. Evoluir a clínica, fazer do intratável o tratável. É essencial o apoio social e familiar que influencie comportamentos, mude hábitos, confronte preconceitos, classificações, nosologia, catálogos de interdições. Dedicada a cidadãos enfermos vistos como sem vontade, liberdade, autonomia porque foram colhidos pelo “mal de viver”. Não é a doença mental que a lei questiona, mas a maneira de tratá-la. A sociedade cria e recria normas para definir o que rejeita e consagra. Faz-se progressista na área de saúde por atitudes, mais do que por atos. Assim, inscrever o doente mental na história da saúde pública aumentando sua aceitação social, diminuindo o estigma da periculosidade e incapacidade civil absoluta contribui para elevar o padrão de civilidade da vida quotidiana. A doença mental não é contagiosa, dispensa isolamento. Não pode ser compreendida como estritamente orgânica apaziguada só pela quimioterapia e os remédios. Claro, é o avanço da medicina e da farmacologia que permite a reinserção social, convivência, restituindo o indivíduo, sua alma e desejos, ao mundo dos vivos. A medicina não deve ser carceral para não ampliar a solidão moral do paciente como se sua doença criasse para ele um mundo do não direito. Acolhimento, tratamento precoce melhoram a evolução e a direção da doença. Agir antes do surto para não ferir, ferir-se, quebrar. Sintomas físicos, queixas, mal-estar, sempre foram indícios de várias enfermidades. Melhorar a escuta geral dos sintomas aparentemente sem importância – dores de cabeça, tremores, dores abdominais, cansaço extremo, falta de ar, agravado pelo embrulho e o ruído da adolescência: álcool, droga, conflito de gerações, esquisitices, vazio existencial, impaciência com o diferente. Saúde não é ausência de doenças. É um estado geral de bem-estar físico, psíquico e social como bem define a Organização Mundial de Saúde. A doença não é um fracasso. É um evento na vida da pessoa que não cria para ela um estatuto de exilado em relação ao que é ou está normal. É um processo que exige observação tolerante, preservação de direitos. A internação é uma parte do tratamento, mas não seu sinônimo e o conceito de leito, nesse caso, não se harmoniza com a terapia adequada. A medicina da mente e suas galáxias tem que se abrir a uma certa imprecisão e passar a duvidar que cada comportamento corresponda a um medicamento. Há muita depressão na sociedade impaciente com os seus doentes. A sofisticação do diagnóstico é que relativiza a classificação da doença, eis o paradoxo atual. É preciso modéstia diante do sofrimento. Não é porque não sabe, mas porque sabe que a psiquiatria, psicanálise, psicologia e psicoterapia modernas, baseadas em valores humanos, psicopatologia da experiência, fundam a reforma psiquiátrica. A internação como privação da liberdade, monoterapia, só prevalece em serviços despreparados. O doente mental é também beneficiário do ambiente jurídico oriundo da Declaração Universal dos diretos do Homem e do Cidadão, como qualquer outro paciente. Seu tratamento não é um ato cirúrgico desde que foi abolida a lobotomia. Só a avaliação permanente do tratamento livra a psiquiatria da ideologia. Não há sucesso médico-terapêutico sem afeto, cultura, história da doença, escuta do sofrimento, subjetividade. Como bem sabia e praticada Dra. Nise da Silveira, precursora da lei. Como ainda não sabem - mas precisam ser conquistados para esse novo horizonte do saber e da justiça - muitos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que com desabrida ousadia invadem o saber médico e sanitário, violam a integridade do indivíduo, protegidos pelo preconceito que é a tradição de tutela – ousadia para a qual não teriam coragem em outras áreas da medicina - e imaginando proteger direitos decidem, por verdadeiras cartas régias, mandar internar os incômodos. Assim  provocam mais mal, imaginando fazer o bem. Enfim, para aqueles que ameaçam a evolução do tratamento e  buscam legitimidade para suas críticas atravessando com desrespeito os fundamentos humanistas e técnicos da lei, quem sabe assim os tranquilizo: “Se eu soubesse de alguma coisa útil à minha nação que fosse danosa a uma a outra, eu não a proporia, porque sou homem antes de ser nacional ou ainda porque sou necessariamente homem, não sendo nacional senão por acaso. Se soubesse de alguma coisa que me fosse útil e prejudicial à minha família, meu espírito a rejeitaria. Se soubesse que alguma coisa que fosse útil à minha família e que não o fosse à minha pátria, buscaria esquecê-la. Se soubesse de alguma coisa que fosse útil à minha pátria e que fosse prejudicial ao meu continente ou que fosse útil ao meu continente e prejudicial ao gênero humano, eu a veria como um crime”. É de Montesquieu o espírito da lei. Muito obrigado a vocês.
Paulo Delgado
Professor, Deputado Federal

Day 23 -Um vídeo do Youtube

prNão uso com muita frequência o YOU TUBE, mas as vezes acabo dando umas risadas....
quase morro de rir com este video: truco valendo o "tb"!!
http://www.youtube.com/verify_age?next_url=http%3A//www.youtube.com/watch%3Fv%3DyVKk5AmbI0E

22 de jun. de 2010

Memória


"Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão."

Carlos Drummond de Andrade

Day 22 -Um site

O meu site preferido é o mais usado ,rsrsrs: È o de toda hora, para tudo e mais alguma coisa: Google!!

21 de jun. de 2010

Estão malucos?:

;Secretária de Saúde do estado de São Paulo emite “Carteira de Esquizofrênico”
http://blogdofavre.ig.com.br/2010/06/estao-malucos-secretaria-de-saude-estadual-emite-carteirade-esquizofrenico/


A utilização de uma carteira, emitida pela Secretaria de Saúde do Estado, por pacientes dos serviços de atendimento à saúde mental, com a palavra “esquizofrenia” estampada em letras graúdas, levou o deputado estadual Fausto Figueira (PT) a pedir providências ao promotor de Direitos Humanos na área de Saúde Pública, Arthur Pinto Filho, contra o que considera uma discriminação de inspiração nazista.
Segundo o deputado, o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, “é o gestor da saúde pública no Estado de São Paulo, e tem o dever de impedir que pacientes sejam discriminados, notadamente o doente mental.”
A denúncia partiu de um paciente, autor da carta “A Esquizofrenia e a Estrela de David”, encaminhada à Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, presidida por Figueira. Na mensagem, o paciente diz que no dia 20 de abril, ao retirar o medicamento do qual faz uso na Farmácia de Medicamentos Especializados, em Santos, gerenciada pela Cruzada Bandeirante São Camilo, sob os auspícios da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, recebeu uma carteira amarela com a palavra “esquizofrenia” estampada em letras graúdas.
O paciente, sentindo-se discriminado, equiparou a carteira recebida ao período nazista e argumentou que a carteira afronta a Lei 10.216 (chamada Lei Paulo Delgado), pois quebra do sigilo do diagnóstico estabelecido em prontuário.
“Sabe-se – diz o deputado na justificativa da sua representação – que o estigma traz problemas (..) como a exclusão do individuo com doença mental nas suas relações sociais. (…) As doenças mentais devem ser encaradas do mesmo modo que as doenças físicas. Tal como o câncer e as doenças de coração, sabe-se que muitas doenças mentais têm causas definidas, requerendo cuidados e tratamento específicos. Quando os cuidados e o tratamento são prestados, é de esp erar uma melhoria ou recuperação, permitindo às pessoas regressarem à comunidade e retomarem vidas normais. Infelizmente, os preconceitos impedem que as pessoas, uma vez recuperadas ou tratadas,consigam dar os passos para reingressar na vida familiar e social, com total plenitude.”
Segundo Figueira, “a ‘Carteira do Esquizofrênico’, assim denominada pela denúncia do paciente discriminado, também contraria a Declaração de Direitos do Deficiente Mental, da Organização das Nações Unidas e a própria Constituição Federal, merecendo ser repudiada”.
Abaixo, a íntegra da carta do paciente encaminhada à Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa:
**

*A Esquizofrenia e a Estrela de David*


“Em 1938, a chamada “Noite dos Cristais” marca o início da perseguição aos judeus na Alemanha e na Áustria. Posteriormente, os judeus são confinados em bairros determinados e obrigados a andar com a estrela de David estampada em papelete amarelo e pregada junto a roupa, de forma que fossem facilmente
identificados.
“Esse segregacionismo também é estendido aos ciganos, comunistas, homossexuais e, inclusive, aos doentes mentais. A Alemanha de Hitler exterminou e perseguiu milhões de pessoas, constituindo-se como uma das mais horrendas e vergonhosas páginas da história do Homem. Infelizmente o preconceito e perseguição às minorias chegam até os nossos dias, seja pelo viés das piadas e comentários de gosto duvidoso, seja por grupos organizados como os ‘skinheads’.
“Em 20 de abril de 2010, ao retirar o medicamento do qual faço uso na Farmácia de Medicamentos Especializados, em Santos, gerenciada agora pela Cruzada Bandeirante São Camilo, sob os auspícios da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, recebo uma carteira amarela com enormes carimbos estampados: ESQUIZOFRENIA.
“Confesso que num primeiro momento a única coisa em que pensei foi que havia em minha testa uma tatuagem, um carimbo com meu diagnóstico estampado para que todos pudessem apontar e dizer: ‘Lá vai o esquizofrênico’. Teria sido apenas um ‘ato falho’ da burocracia? Quem sabe uma ação inconsciente do recém-admitido gestor da farmácia? Ou seria, então, uma política pensada e planejada para expor e reafirmar o estigma das pessoas?
“A Lei 10.216 (chamada Lei Paulo Delgado), assim como outras leis específicas da legislação médica, é ferida frontalmente na medida em que o sigilo do diagnóstico estabelecido em prontuário médico é, escancaradamente e em letras garrafais, divulgado. A Carteira do Esquizofrênico, nesse sentido, é uma afronta ao bom senso. Mais do que isso, é ilegal, dissemina o preconceito, ofende a ética e, sobretudo, causa revolta.
“Todo o trabalho, treinamento, aprimoramen to, debates, documentos, fóruns, leis promulgadas, etc., é jogado por terra por atos que denotam a verdadeira face de governantes descomprometidos com os avanços conquistados pelas lutas dos doentes mentais. A Carteira do Esquizofrênico mostra a verdade, ela rotula nossas misérias para calar a nossa voz.
Um governo que se nega a convocar a Conferência Estadual de Saúde Mental; que pouca importância dá à Saúde Mental de nosso município; que sucateou os serviços do Hospital Guilherme Álvaro para entregá-lo à iniciativa privada; que sucateou a antiga Farmácia de Medicamentos de Alto Custo para mais uma vez entregar um serviço público à iniciativa privada e que, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Santos, vem precarizando os NAPS, só poderia mesmo mostrar todo o seu pensamento em relação a nós, usuários dos serviços, num ‘ato falho’: a ‘Carteira de Louco’.
“A burocracia burra e mal intencionada é um dos braç os desta máquina de estigmatização. Primeiros os loucos, depois os pobres, depois os negros, e assim por diante, até que todas as vozes contrárias sejam suprimidas.
“O passo seguinte ao de retirar a nossa voz é nos colocar novamente nos manicômios (ou nos trinta novíssimos leitos psiquiátricos recém-abertos pela Cruzada Bandeirante São Camilo) e, retrocedendo ainda mais, aplicar-nos castigos como o eletrochoque, a solitária e outros métodos sádicos, que brotam na mente dos que administram as instituições desse caráter, chegando, por fim, à tão sonhada volta da lobotomia, em que o Estado poderia estar livre de despesas e questionamentos.
“Não, não tenho vergonha de ser esquizofrênico. Mas também não posso dizer que é fácil lidar com o preconceito. Por todos os lugares onde tento fazer valer a minha cidadania, logo vem a taxação: é louco! Também não é raiva o que sinto, nem indignação. É um sentimento de impotência frente a esta máquina tão poderosa que fatalmente irá desconsiderar meu desabafo com apenas um argumento: “é louco”. E isto é o que faz minhas pernas e meu corpo fraquejarem, mas parafraseando Cazuza no final de sua vida, morro atirando.”

Ainda teremos que lutar muito para vencer os preconceitos e fazer valer as leis já promulgadas....aí em São Paulo, aqui em Salinas e em todo Brasil!!!

Day 21 -Uma receita: Moqueca de filé de peixe

Essa foi a primeira receita do novo e nosso blog:
http://brincandonacozinhaguiuemalu.blogspot.com/2010/04/nossa-primeira-receita-aqui-no-blog.html
Faça uma visitinha!!
Agora vamos aos ingredientes:
1 kilo de filé de cará,
6 tomates,
3 cebolas em rodelas,
1 pimentão grande em rodelas,
4 dentes de alho picadinhos,
3 colheres de azeite de dendê,
1 molho de tomate pronto,
algumas azeitonas pretas,
Folhas de manjerição fresco,
Tempero de alho e sal.
Cheiro verde  e coentro.
Preparo:
Coloque a panela no fogo e deixe aquecer um pouco, acrescente o azeite de dendê e frite o alho picadimho,
arrume o tomate em rodelas em camadas, coloque por cima uma camada de cebolas e pimentões, depois a camada de filé de cará e outra camada de tomate, cebolas e pimentões.
Leve ao fogo, no nosso caso: colocamos no fogão a lenha e em panela de barro, para dar mais sabor!!

Day 20 ..Meu hobby : cozinhar!!

Tem coisa melhor do que cozinhar??
Até acho que sim,rsrsss!!
Mas é meu hobby preferido!!!
Vejam o blog:
http://brincandonacozinhaguiuemalu.blogspot.com


"Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado." 
(Rubem Alves)

20 de jun. de 2010

Day 19 -Um talento

Talento não se define, não se explica; testifica-se, detecta-se. 
Contudo, não podemos fugir dos ditames da teoria; talento é aptidão natural ou habilidade adquirida. 

Day 18 - Contos infantis

Era uma vez um menino que não sabia abraçar. Ele morava com os pais numa cidade muito grande. Nessa cidade as pessoas usavam os braços e as mãos para fazer um monte de coisas
Para escrever, dirigir, limpar a casa, fazer comida, digitar textos, carregar as coisas... Essas pessoas sempre estavam com muita pressa e ocupavam tanto os braços e as mãos que não sobrava tempo para abraçar.
Em dia de festa de aniversário, eles cantavam parabéns e batiam palmas. Depois as crianças iam brincar e os pais corriam para arrumar as coisas e não encontravam tempo para carinhos.
Quando o menino tirava notas boas na escola, os professores sempre o elogiavam, mas as mãos e os braços estavam ocupados, carregando livros ou escrevendo na lousa.
O tempo foi passando e ele acabou aprendendo que os braços e as mãos serviam para muitas coisas.
Mas sentia uma falta não sei de quê. Uma dorzinha no coração, uma saudade de algo que não conhecia. Quando ficava triste de verdade, dançava músicas agitando os braços e um pouco de alegria chegava em seu coração.
Um dia, a família do menino precisou mudar de cidade. A escola e os amigos eram diferentes. Ele conheceu uma menina que vivia abraçando os outros e não entendia bem aquilo. Ela era tão pequenininha, mas tinha braços do tamanho do mundo. Abraçava até gente grande.
Certa vez, quando ela tentou enrolar aqueles braços nele, o menino sentiu algo esquisito. Não conseguia se mover e ficou quietinho, sem jeito.
Ela achava que aquele menino era tímido demais e nem adivinhou que ele nunca tinha abraçado alguém.
O menino passou a olhar com curiosidade para ela, que chegava todo dia sorrindo e já ia enrolando os braços nas pessoas. Primeiro na mãe, depois no porteiro da escola, na professora, na faxineira, nos amigos e nele.
Começou a ter com medo. Contou tudo para os pais, que ficaram preocupados com o que estava ocorrendo na escola.
As outras crianças não se importavam com a mania daquela menininha. Aliás, aquilo parecia contagioso. Todos começaram a imitá-la. De uma hora para a outra, enrolaram os braços uns nos outros e parecia que havia mais sorrisos pelo caminho. Talvez fosse uma doença estranha.
Entretanto, seus pais estavam sempre muito ocupados para conhecer a menina.
Um dia, o pai do menino saiu correndo do trabalho e sofreu um acidente no trânsito. No hospital, os médicos estavam cuidando de tudo.
O menino sentiu a maior tristeza do mundo dentro dele. Os dias passaram e seu pai ainda continuava no hospital. Sempre com os braços ocupados, pensava. Agora com gesso e ataduras. Ele sentava-se ao seu lado e sentia que aquela dorzinha tinha se transformado numa dorzona dentro do coração. Ficava com os braços caídos ao lado do corpo e não sabia direito o que fazer com eles.
A mãe resolveu mandá-lo de volta à escola. Chegando lá, ficou sozinho, num cantinho da sala, e começou a chorar bem baixinho aquela dorzinha que foi crescendo e crescendo e virando dorzona.
Sentiu alguém chegando perto e quando percebeu, aqueles bracinhos se enrolaram e abraçaram. E pela primeira vez na vida, o menino ergueu os braços e os enrolou na menina.
E chorou toda dor que sentia. Todo medo de ficar sem o pai. Ela ficou quietinha, só ouvindo aquela dor indo embora junto com as lágrimas que não paravam de cair.
De repente, seus olhos se encontraram. Ele entendeu para que serviam os braços. Serviam para ajudar o outro a não sentir solidão, para consolar, acalmar, aliviar e compartilhar a dor e também a amizade.
E os dois saíram abraçados pela escola. Os professores olhavam espantados para o menino que não sabia abraçar.
Lá no portão, a mãe o estava esperando no carro e, quando olhou no banco do passageiro, viu o pai.
Abriu um sorriso e jogou-se nos braços dele, assustando-o. Percebeu, pela primeira vez, que havia um braço livre que não estava com gesso e com nenhuma outra coisa ‘importante’. Sentiu uma vontade estranha subindo pelo coração, explodindo em choro e sorrisos. A mãe se juntou a eles e a menina também.
Nunca mais o menino que não sabia abraçar ficou sem um abraço.
E a partir desse dia, todos entenderam que há muitas utilidades para nossos braços e mãos, mas a principal delas é para sentir que, mesmo estando em duas ou três pessoas, podemos ser apenas um.

Contos Infantis, Fernanda Macahiba

17 de jun. de 2010

Adelia Prado

"O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível."
Adélia Prado

Day 17 -Uma obra de arte


“A Primavera” (1476/1477), de Botticelli
Têmpera sobre tábua, 203 x 314 cm, Galeria defli Uffizi, Florença Itália

16 de jun. de 2010

O Amor...



"O Amor... 
É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"

Cecília Meireles
 

Vai o outono....

"Uma árvore em flor fica despida no outono.  
A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude.
Nada fica sempre igual e nada existe realmente.
Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente."
(Dalai Lama)

Day 16 - Música que te faça chorar: Nem Um DIa

Música que me faça chorar é dificil...
As música tocam minha alma, me fazem refletir, me acalentam, me fazem mais feliz..ou as vezes mais nostalgica...
Djavan e Legião Urbana ...as vezes podem me fazer chorar!!
Ou sorrir!!!
Depende mais dfe mim que da música: especialmente: Nem Um dia, do Djavan:
Um dia frio
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide (bis)

Longe da felicidade e todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo
És manhã na natureza das flores

Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você

E tudo nascerá mais belo
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris(bis)


Um dia frio
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide

Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você

E tudo nascerá mais belo
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris(bis)

Day 15 -Uma fanfic

E eu que não curto nenhuma fanfic,rsrsrsrsss

14 de jun. de 2010

Day 14 -Um livro de não-ficção

Mentes Perigosas

13 de jun. de 2010

Day 13 -Um livro de ficção: Eclipse

A coleção: Crepusculo, Amanhecer, Lua Nova,e...lógico:

Day 12 - A ARTE DE VIVER

A ARTE DE VIVER


Aquilo que existe em mim e faz parte de mim... 
pode ser transformado...
se eu quiser...

Aquilo que é do outro...
só pode ser transformado por ele...
e será compreendido e aceito por mim... dentro dos meus limites...

Se existir respeito...
Posso falar ao outro como me sinto em relação ao que ele faz ou diz...
se houver liberdade...

Não posso afirmar:
“Aquilo que o outro  fez ou disse me feriu...”
Eu é que me feri com AQUILO  que ele fez ou disse...
tenho opções...

Eu sou dono das minhas emoções... sensações e sentimentos...
Também... das minhas atitudes...pensamentos e palavras !
maravilha...

Não é coerente dizer que fiz algo para alguém... 
só porque alguém fez isso comigo primeiro...
Se eu agisse assim... eu seria apenas resposta e eco...
sem vida...

É mais valioso optar por agir ao invés de apenas reagir...
É mais sensato perceber que sou dono das minhas ações... 
e se faço algo... sou o responsável por isso...
tenho escolhas...

Reconheço que as rédeas do meu destino estão nas minhas mãos...
e me recuso a segurar as rédeas do destino do outro...
é meu direito...

Busco o AMOR em sua mais bela expressão... 
e por isso abro mão de querer ter o controle sobre a vida do outro...
Amém...

Quero amar com liberdade !

Quero amar com plenitude !

Quero Amar antes de tudo...

porque é bom...

AMAR com RESPEITO e LIBERDADE !

Feliz dia dos Namorados!


Day 11 -Uma foto recentemente

Day 10 -Uma foto tirada há anos atrás

Ouro Preto-MG

Day 09 -Uma foto que você tenha tirado

Flores do nosso ipê, um deles apenas....

8 de jun. de 2010

Day 08 -Uma foto que te faça triste

Muitas imagens me deixam triste....As imagens de violência, de guerra, de maus-tratos....especialmente a violência e maus tratos contra  ser humano e a nossa natureza!!
E imagem que entristece sempre são dos HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS!!

7 de jun. de 2010

Day 07 -Uma foto que te faça feliz

Uma foto que me faz feliz....só pode ser da minha família...e de  crianças!!
Como quero resguardar a beleza dos meus fiilhos, escolhi esta foto para homenageá-los....

6 de jun. de 2010

TENDÊNCIAS/DEBATES: O estandarte 18 de maio

Apesar dos avanços, ainda há muito em que trabalhar para que alcancemos a plena proteção da infância e adolescência no país
 
NO DIA 18 de maio de 1973, no Estado do Espírito Santo, uma menina de oito anos chamada Araceli foi raptada, drogada, violentada, morta e carbonizada.Seus responsáveis nunca foram punidos.Esse crime, que chocou todo o país, foi escolhido no ano 2000 para ser o marco do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil, instituído pela lei nº 9.970/00.
Nesses dez anos, iniciativas e estudos têm permitido mapear, ainda que de forma incipiente, onde e como essa violência ocorre.
Alguns dos avanços mais significativos foram a adoção de um Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil e a transformação em política pública do Ligue 100, um disque-denúncia nacional que, administrado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, recebe, encaminha e monitora denúncias de forma anônima e gratuita.
Desde 2003, quando o Ligue 100 foi adotado como política pública, até o ano passado, o número anual de denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes cresceu quase sete vezes, indo de cerca de 4.000 para mais de 29 mil.
Mas o que poderia ser visto como um aumento no número de casos pode indicar que as pessoas estão denunciando mais e rompendo a cultura do silêncio que permeia esse universo, o que é um fato positivo.
O número de programas especializados de atendimento a crianças e adolescentes tem aumentado, com destaque para a implantação dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).
Também houve ganhos significativos em termos de legislação, como, por exemplo, a lei nº 11.829/2008, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), conferindo mais rigidez às punições contra o abuso
on-line e a pornografia infantojuvenil.
O setor privado vem assumindo a sua parcela de responsabilidade sobre a causa, a cobertura jornalística do fenômeno está aos poucos se qualificando e, de modo geral, podemos dizer que a sociedade está mais receptiva ao diálogo sobre a importância do respeito ao direto de crianças e adolescentes a um desenvolvimento pleno e saudável.
Entretanto, a proteção a esses direitos fundamentais só pode ser concretizada de forma eficaz por meio de ações integradas entre governos, empresas, organizações sociais e sociedade em geral.
O abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes são fenômenos multicausais e, ao contrário do que muitos ainda podem pensar, ocorrem de norte a sul do país e de maneira transversal em todas as camadas sociais. Outro ponto a ser considerado é que, embora os estímulos ao sexo sejam encontrados em várias interfaces, o diálogo e a educação sexual continuam considerados tabus.
Conversar sobre sexo com os filhos não é estimulá-los. Faz parte do nosso papel de proteção instruir crianças e adolescentes sobre sexualidade saudável, sobre prevenção. O que vemos é que, apesar do entendimento legal sobre os direitos infantojuvenis, retirar de seus ombros a culpa por um abuso sexual, por exemplo, persiste ainda como um grande desafio.
Na outra ponta, é preciso garantir a responsabilização dos agressores e a proteção integral de crianças e adolescentes vítimas de violência, inclusive durante os processos de investigação criminal. Assim, fica claro que, apesa  de avanços, ainda há muito em que trabalhar para a plena proteção da infância e da adolescência no país.
Sobretudo nos próximos anos, quando sediará a Copa do Mundo e a Olimpíada, o Brasil será chamado a reforçar suas redes de proteção, para prevenir a exploração sexual ligada ao turismo.
Precisamos promover melhores condições de vida para meninos e meninas em situação de vulnerabilidade, formar continuamente os profissionais que lidam com crianças e adolescentes em seu dia a dia, fomentar e qualificar o debate sobre a causa e intensificar campanhas que estimulem adultos a adotar postura mais protetiva, em grande ação de prevenção.
Somente mudando olhares e atitudes frente a problemas que antes pareciam distantes de nós é que poderemos caminhar para uma sociedade mais justa e harmônica, na qual os direitos humanos, especialmente os dos pequenos cidadãos em desenvolvimento, sejam devidamente assegurados.
Dia 18 de maio é o grande estandarte dessa luta!

*ANA MARIA DRUMMOND* é diretora-executiva da Childhood Brasil, organização que trabalha pela proteção da infância contra o abuso e a exploração sexual.

TENDÊNCIAS/DEBATES: A luta antimanicomial e a psiquiatria

 Nenhum sistema de saúde mental pode funcionar sem que haja a disponibilidade de leitos suficientes para acolher o paciente em crise
 
18 de maio  É O DIA reservado para comemorar a luta antimanicomial. Dia de levantar a questão: quais os princípios que devem nortear as políticas de saúde mental?
Os serviços de assistência à saúde mental em países em desenvolvimento não estão conseguindo atender às necessidades de tratamento dos pacientes, face à alta morbidade psiquiátrica na população.
Um princípio fundamental da disseminação da assistência mental à comunidade é a noção da igualdade de acesso das pessoas aos serviços em seu bairro ou região de moradia.
Outro princípio fundamental é a garantia dos direitos de autodeterminação e autonomia dos indivíduos com transtornos mentais como cidadãos. Esses princípios foram ratificados pela Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotados em 1991.
São textos que estabelecem três pontos importantes, em se tratando da pessoa com transtorno mental: o direito de ser tratada sem discriminação; o direito à presunção de capacidade legal, a menos que a incapacitação fique claramente demonstrada; e a necessidade de envolvimento dos usuários dos serviços e seus familiares no desenvolvimento de políticas que afetam diretamente suas vidas.
As mudanças nas políticas de saúde mental podem ser divididas em três fases:
o estabelecimento dos asilos psiquiátricos, a partir de 1880 até 1955; o declínio do sistema de institucionalização e isolamento, pós-Segunda Guerra; e a reforma dos serviços de saúde mental de acordo com abordagem baseada em evidências, no equilíbrio e na integração de serviços comunitários e hospitalares.
A integração entre comunidade e serviços hospitalares é reconhecida como um "modelo de assistência equilibrado", no qual a maioria dos serviços funciona na comunidade, em centros próximos à população atendida, onde a internação hospitalar é reduzida e, geralmente, efetivada nas enfermarias psiquiátricas dos hospitais gerais.
Os países em desenvolvimento devem estruturar cinco categorias de recursos para organizar o desenvolvimento dos serviços: clínicas ambulatoriais para atendimento de pacientes; equipes de saúde mental comunitária; serviços de atendimento ao paciente em crise; assistência domiciliar baseada na comunidade; e serviços de encaminhamento para emprego, ocupação e reabilitação. A assistência orientada para a comunidade deve preencher, ainda, os seguintes requisitos: atender às necessidades de saúde pública, com prioridade para o tratamento dos doentes mais graves; desenvolver centros locais e acessíveis; mobilizar a participação dos usuários e seus familiares nas políticas de planejamento; e provisionamento dos serviços de saúde mental.
A Associação Mundial de Psiquiatria nomeou uma força-tarefa para produzir diretrizes sobre as etapas, os obstáculos e os erros a serem evitados na implementação de um sistema de saúde mental comunitário.
O conteúdo desse editorial estará no próximo número da "Revista Brasileira de Psiquiatria" e o relatório completo será divulgado na edição de junho do "World Psychiatry". O relatório levantou vários erros-chave. Primeiramente, não há planejamento de saúde mental sem a participação de psiquiatras e usuários. Em segundo lugar, o planejamento deve ser acompanhado por sucessão racional de eventos, de modo a evitar o fechamento de um hospital psiquiátrico antes que o serviço comunitário de assistência esteja solidamente estabelecido na mesma área.
Nenhum sistema de saúde mental pode funcionar sem a disponibilidade de leitos suficientes para acolher o paciente em crise. Outro erro comum é associar a reforma a um interesse ou grupo político particular, o que pode fazer com que qualquer mudança de governo comprometa as ações tomadas por predecessores.
Concluindo, os princípios fundamentais de orientação das políticas de saúde mental nos países em desenvolvimento preveem que estas devem se basear nas necessidades de saúde pública, levar em consideração a proteção dos direitos humanos e serem projetadas levando em conta sistemas de saúde mental baseados em evidência e custo-efetividade.
É o momento, portanto, de se buscar um consenso para a defesa da melhoria de serviços de saúde mental de qualidade, capazes de atender milhões de pessoas sem recursos e completamente desassistidas, nos países em desenvolvimento.
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*JAIR MARI* é professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo).
*GRAHAM THORNICROFT* é professor do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres.

Day 06 -À sua escolha_ Freud

Adivinha o que eu escolhi?
Uma citação do meu querido Freud:
"Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio."

5 de jun. de 2010

Day 05 -Citação_ Dalai Lama

Existem muitas muitas citações que tocam meu coração.....várias delas estão citadas aqui no blog, mas hoje devo escolher uma bemmmm especial!
muito melhor perceber um defeito em si mesmo, do que dezenas no outro, pois o seu defeito você pode mudar." 
 Dalai Lama

4 de jun. de 2010

Day 4: Filme

O o meu filme preferido é:
O som do silêncio!!

3 de jun. de 2010

Teoria das Calorias

"Calorias são pequenos vermes inescrupulosos, que vivem nos guarda-roupas e que, durante a noite, ficam costurando e apertando as roupas das pessoas".
Sempre descofiei dessa teoria e hj me enviaram por e-mail!!!
Acredito!!!

Day 3 : Programa de Tv

Hj é feriado...tá um friozinho delicioso para ficar deitada na cama, debaixo de um edredom beeem quentinho ....
E a minha filhota Malu me convidou para assistir o desenho animado: Os Pinguins de Madagascar!
Adorei!!!!Então, em homenagem a minha princesa Malu...fica este !!
Bjsss!

Day 2: Livro!!Mesmo que atrasado

 Meu livro do momento é este:

1 de jun. de 2010

Day1: Música!!!

É Isso Aí

Ana Carolina

Composição: Damien Rice - versão: Ana Carolina
 
É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Eu Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar